quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"JESUS EU CONFIO EM VÓS!"


Adoremos a Deus!

“No sacramento do altar, o Senhor vem ao encontro do homem, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 27), fazendo-Se seu companheiro de viagem. Com efeito, neste sacramento, Jesus torna-Se alimento para o homem, faminto de verdade e de liberdade. Uma vez que só a verdade nos pode tornar verdadeiramente livres (Jo 8, 36), Cristo faz-Se alimento de Verdade para nós.” ( Sacrametum Caritatis – Papa Bento XVI )

Beata Alexandrina - O canto do amor a Jesus

Fala, fala, meu coração. Diz ao menos nestas linhas quanto desejas amar o teu Jesus! Fala, fala, coração meu. Diz ao teu Jesus que só a Ele queres e que só nele queres descansar! Não canses, não deixes de falar do amor! O amor que é amor, verdadeiro e puro amor, não pode calar-se, não pode deixar de manifestar-se, tem que falar e provar que ama sempre: ama de dia e de noite, ama na dor e na alegria, ama na exaltação e, se é amor verdadeiramente puro, ama mais ainda quando é humilhado. Ó amor, como tu és grande e forte! Ó Jesus, onde poderei encontrar a escola do vosso amor? É com certeza no vosso Divino Coração, é aí que eu posso aprender a amar-Vos e com aquele amor por o qual o meu coração suspira. Ó Jesus, ó Jesus, dai-me lugar, deixai-me entrar para lá viver, Vos amar, para de amor morrer. Onde estará, meu Jesus, o segredo de amar? Onde poderei encontrar tão precioso tesouro? Eu não quero mais nada na terra a não ser amar-Vos e salvar-Vos as almas. Tudo o mais é mesquinho e nada; tudo o mais é ilusão e mentira. Mas o vosso amor, ó Jesus, é tudo e sem ele não posso viver: tenho uma fome que me mata o coração. Jesus, eu quero assemelhar-me à criancinha que nos braços de sua mãe não sabe dizer outra coisa a não ser: mãe, pai. Eu quero dizer sempre, sempre: Jesus, Jesus, amor, amor. É vosso o meu coração, sou vossa inteiramente. Estou a mais nada poder fazer; mas enquanto me for possível, ainda que seja de cinco em cinco minutos, uma letra hei-de dizer sempre: Ó Mãezinha, amo-Te e amo a Jesus! Sou tua e sou dele! Eu queria que o meu coração fosse uma fonte da qual nunca deixasse de correr água de doçura e fogo de amor para o Coração Divino do meu Jesus. Que grande dita se eu O amasse com o amor de todos os corações! Jesus, o que Te posso eu dar? O que tenho eu que não seja teu? Tenho o pecado, tenho a miséria, e é essa mesma que Te dou.
Será desvergonha da minha parte? Ó Jesus, mas eu nada mais tenho e quero dar-Vos alguma coisa. Compadecei-Vos dela e da do mundo inteiro. A minha fome de Jesus nunca mais terá fim. Nada me enche, nada me satisfaz. Os meus caminhos não acabam: quanto mais ando, mais fome eu sinto e mais longe estou do Suspirado da minha alma. Ó Céu, ó Céu, quando chegarás tu, para me satisfazeres? Ó Jesus, vinde depressa! Nada mais sei dizer, meu Jesus, a não ser meu eterno obrigada de alma e coração, e de alma e coração dizer-Vos que Vos amo. Mas o meu amor não tem limites, quer subir tanto, quer ir tão longe, quer chegar até Vós.
Jesus, fazei que Vos ame, não posso sozinha. Com o coração a sangrar, mas sempre em Vós, meu Jesus, confiada, bradarei noite e dia: Amo-Vos e é vosso o meu coração! Ai, minha querida Mãezinha, amai com o vosso Coração o meu querido Jesus. Só assim Ele pode ser amado como merece. Ó Mãezinha, queria dizer-Vos tantas coisas! Deixai-me, Jesus, deixai-me gritar sempre, com toda a alma, com todo o coração: Jesus é o meu amor, o único a quem quero pertencer e para quem quero viver. Só Ele tem para mim encantos, só a Ele se prende todo o meu ser. Morra tudo em mim para em mim só Jesus viver! Quando penso em Jesus na Eucaristia, fico deveras confundida com tanta loucura de amor. O que digo? É mais que loucura de amor. Não sei como Jesus, o nosso bom Jesus, nos pode amar tanto. O que vistes em nós, meu Jesus, que tanto Vos encantasse? O que foi que Vos obrigou a fazer-Vos prisioneiro de tantos séculos? Oh, que amor! Ó Jesus, dai-me um coração que Vos ame e saiba corresponder às doçuras e loucuras do vosso infinito amor. Quero viver presa por Vós, como Vós o viveis por mim. Ó Jesus, meu querido amor: eu queria ter a pureza dos Anjos, o ardor dos Querubins e dos Serafins para amar-Vos e cantar os vossos eternos louvores. Eu queria, ó Jesus, eu queria a sabedoria infinita para saber cantar as glórias e os louvores do Senhor. Eu quero prestar ao Altíssimo a honra devida de Pai Onipotente, de Criador e Senhor de todo o meu ser e do mundo inteiro. Ó Jesus, só Tu és santo, só Tu és digno de todo o amor. Aceita, ó Jesus, aceita os ardores do meu coração. Aceita as minhas ânsias de bem Te servir, de mais e melhor Te amar. Ó Jesus bom, ó Jesus santo, ó Jesus amor, amor, amor… Jesus, em que mísero estado Te encontro! Quem foi que Te feriu assim? Ah, sei bem! Foram os meus pecados. Quero chorá-los, quero detestá-los e em troca de tanto amor recebe o meu coração, que é teu: quero amar-Te eternamente!... Meu doce Jesus, tão tarde Vos conheci e tarde, ainda muito mais tarde Vos amei! Fazei que agora viva só para Vós e para o vosso amor! É vosso o meu coração, sou vossa inteiramente.

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